Morada Margarida

Não tarda eu explodir

Arrebentar em dúzias de versos

Abrir-me todo em poemas

Saber-me todo a desejos

E replicar-me todo em carinhos

Pelos confins do Universo

Soltar-me todo em pedaços

Pedaços escravos do vento

Douradas línguas de pólen

Farândola dos elementos

Manchete da capa da revista:

- Naquela margarida já morou um homem.

(Brasília, DF, 1984)

William Santiago
Enviado por William Santiago em 23/12/2017
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