Um dia comum
Um dia comum, mais um dia
Na calçada sem chão
Sobre alamedas sem nomes
Andejo com rumo incerto
O sol ilumina, e pelas sombras
Das árvores sem galhos e folhas
Me assento em raízes
De lá vejo um céu anil intenso
Com alguns pássaros deslizando
E nuvens densas, que parecem não se moverem
Estou dali sem saber
Meus olhos estão quase fechando
O sono extremo se achega com a brisa
Aquele vento serena meu ser
Deito ali, encosto a cabeça na grama
Olho um passarinho que fica me fitando
Assobio para ele
E num piscar de olhos estou drapejando
Juntos, voamos para as estrelas...
E com certeza eu já estou sonhando...