Minha Alma é poeta...
Foste visão em palavras no meu olhar,
Bela, culta… cheirosa até no versejar…
Entre as sílabas expressionistas caíam...
Meus olhos meio cerrados…apaixonados,
De volúpia e doçura pelos escritos…
Entre lágrimas meus olhos luziam...
Meus sentidos foram aprisionados,
a magistralidade dos manuscritos ,
que tuas mãos artisticamente escreviam ...
Nos apresentou um sonho em delírio,
Compartilhado em doce martírio…
Palavras fugitivas de gramáticas errantes,
Em folhas bolorentas de passado cruel…
Quem sou? Amnésias que solidão escravizaram,
Os beijos outrora borboletas delirantes.
Agora seremos imortalizados no papel,
onde maus passados aterrorizavam
Nossas almas de verdadeiros amantes...
Desilusões…ilusões…Verdades…
que interessa? Tortuosa realidade.
A saudade que alimentou a tristeza,
Não está mais por perto…
Jurei-lhe vingança…condena a pena de morte,
Dispenso…solidão…na plenitude da avareza…
Por linhas tortas escreve certo…
Poeta…amante…cavalo que corre a trote…
Corre…corre….corre agora que tem a certeza.
Desintegraram-se desgostos e mentiras,
diluídos em paixão escrita a poesia…
A fé escreve minha religião….sou crente,
Minhas mãos foram trémulas sem brio!
Foram! Disse….agora aprenderam o abraço apertado,
Agora seguram tuas mãos fortemente…
Agoraaaa…sou meu próprio senhorio…
Agora…sou incessante amado…
Os fantasmas esmagados nas entrelinhas da mente….
Agora te vejo onde não via
Os verbos pularam cercas altas …eu queria
Os adjectivos são sonhos encantados!
A poesia deixou de ser menina discreta,
aos olhos de todos indiferente…
Agora sabemos que somos mutuamente amados!
Que a minha alma é poeta…