A Condessa quer um genro
Da condessa é a filha
Que precisa se casar,
Mas não há rapaz direito
Que a possa namorar
E a coitada de sozinha
Pode até desatinar
Vivo só sem ter família,
Pela estrada a caminhar,
Sem um lar sem aconchego,
Hoje aqui hoje acolá;
Acho que já é tempo e hora
De parar pra descansar
A condessa quer um genro
E eu preciso de um lar;
Eu - já chega desta vida
De conversa com luar.
Acho aqui acaba a história
E outra está por começar.
(Pitangui, MG, 1981)