Fresta
Perco-me na cidade
As ruas perdem seus nomes
Não há qualquer nome
Não há direção
Talvez esteja ficando tarde
E as árvores
Visivelmente cegas
Possam apagar
De todas as coisas o seu iluminado nome
Por dentro
Pela fresta dos poros
Tanto vivos quanto mortos
Ouvem-se as notas musicais do silêncio
Desertas e sós
As árvores
Tocam
Com tremor
A raiz da raiz