A ALCUNHA

Eu, passando aperto

Sem ninguém por perto

Cadê a ponta do cabelo

Nenhuma porta aberta

Cadê a ponta do novelo

Se você matou, enterra

Eu, correndo rápido

Pelos becos escuros

Apesar de ser rígido

Eu pulo os muros

Da escola, do hospício

Nem sei o que procuro

Eu, contando nos dedos

As minhas alegrias

Os meus segredos

As minhas alergias

Mas ainda é cedo

Para matar o dia

Eu, comendo a unha

Por falta de paciência

Sem ter testemunha

Apenas a inocência

E essa minha alcunha

De zé da imprudência

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 18/12/2017
Código do texto: T6202462
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