Seiva

Aperta-me nos teus braços

Como se eu fosse criança a te pedir o peito

Guarda-me neste lugar sagrado

Onde a indiferença não encontra abrigo

E a solidão do mundo não faz morada

Venho de onde a mágoa esconde

A nascente de agua doce e a estrela da manhã

De muito longe venho, da desesperança

Da terra onde os homens se desentenderam

Segura-me no teu colo

Proteja-me para sempre

Venho abastecer meu coração na seiva

Que faz germinar luz e eternidade

Jose Balbino de Oliveira