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Arrasto a vida em páginas

 
Quando me sinto preterida
Quero partir para muito longe da vida
Na procura de um horizonte lúdico
Não sei como encontrar a sombra da luz
 
Quero sublimar em oração a minha força
Sinto que suporto qualquer desafeto
Mensurada pelo encanto da alma
Em meio aos sonhos que se foram em vão
 
Penso que nada ultrapassa o que sinto
Através do meu mundo de tantas palavras
Sinto um calor agreste que me toma em versos
E o silêncio pulsa no aroma em copas
 
Pelo caminho arrasto a vida em páginas
Deve ser uma prática que completa
 O meu silêncio é líquido e ejacula na razão
Logo em seguida abraça toda minha essência
 
Sou tomada por uma força que purifica os meus vícios
Que apaga a nervura da pele e planta o brilho
Quando me calo não sinto nada adverso
A força do meu silêncio é gradativa e coerente
 
Deixo o meu dia cansado na janela aberta
Em silêncio e com vontade corto o tempo ao meio
Na página abstrata desenho o cheiro da paz
Minha razão silencia e exalta a virtude
 
Ainda vejo no horizonte a medida do mar
No meu sonho desliza uma noite sigilosa
E joga minhas impressões digitas ao vento
Em tempo arrasto a vida em páginas digitais



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 17/12/2017
Reeditado em 19/12/2017
Código do texto: T6201169
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