Imaginária
De minhas manhãs, a pujante aurora
De todos os amores o meu é mais sagrado
Pelas noites orvalhas, pelo luar de outrora,
Que pelos deuses do olímpo foi consagrado
Imaginária, dona dos meus sentidos,
Que desceria pelos teus seios,
Sussurraria amores em teus ouvidos
Teu veneno, prisão dos meus anseios
Tu és o canto suave, eu sou sua saudade
És dos jardins a branca açucena
Sou dos céus a luz estrelar branda e amena
És a magia radioativa que me invade
Sou o poeta tu és a pena
Em busca de amor e maturidade
És musa, cheiro de lírio e liberdade
Tu és imaginária luz do meu poema.
RENATO ESTEVES SODRÉ
17/12/2017