AME O PÓ DO POEMA ATÉ O PÓ REVIVER O POETA
Palíndromo duplo:
AME O PÓ DO POEMA
ATÉ O PÓ REVIVER O POETA
Ame a dor no poema
Ame o odor do poema
Ame pouco, mas ame
Ame o pó, o nó, o oco
Ame muito, ame pouco
Mas ame
Ame sem dó
A dor no poema
Ame o medo
Ame a partida
Ame o dedo
Na mesma ferida
Ame o caos
E ame o adeus
Ame-os como
Se fossem teus
Ame o pó do poema
Ou ame-o por completo
Mas ame,
Antes que clame
De novo, o poeta
Ame a dor no poema
Até tranformá-la
Em adorno e torpor
Ame o odor no poema
Até encontrar nele
O mais leve frescor
Ame o pó do poema
Até descobrir nele
Uma fagulha de amor
Ame a dor no poema
Ame a dor do poema
Ah, o amor
Esse elemento
De transmutação...
A imaginação
É um motor que conduz:
Os olhos do leitor
Transformam em luz
Todo tipo de dor
Receba o poema
Sem pensar em fugir
Extraia o dilema
Faça o poeta florir
Resgate a essência
Que está no passado
Sua inflorescência
É o pó transmutado
Autor: Marcio Evair
"AME O PÓ DO POEMA" e
"ATÉ O PÓ REVIVER O POETA" são palíndromos de minha autoria. Os dois versos podem ser lidos de trás para frente que não perdem o sentido.
Criei esse palíndromo duplo baseado nos palíndromos já existentes "AME O POEMA" e "REVIVER" (ambos de autores desconhecidos).