MADRUGANDO PARA A VIDA

Hoje um dia atípico, acordei no horário de maior silêncio da noite,

Eram ainda muito cedo somente os galos ao longe se anunciavam,

Sempre acordo de madrugada, mas em especial hoje o sono se foi,

Café passado tudo dentro da rotina, porém duas horas mais cedo,

Em direção ao trabalho pude ver uma cidade que ainda dormia,

Casas escuras que mostravam uma cidade fantasma,

As ruas desertas somente os viventes noturnos marcavam presença,

Não falo de pessoas e sim de corujas, gatos e capivaras que vi,

Presenciei um gato que fugia sorrateiro com uma avezinha capturada,

Pensei, coitadinha devir estar adormecida e foi surpreendida, mas segui,

Percebi que até o padeiro ainda dormia, a padaria estava fechada,

Os veículos que transitavam eram como navios negreiros buscando funcionários,

O asfalto ainda molhado da leve chuva da madrugada deixava o ar leve,

A brisa da madrugada sugeria um dia brilhante e de clima suave,

Somente meu coração estava em chamas, porque ardia o fogo do amor,

E as horas demoraria a passar era a garantia que o relógio me dava,

Hora após hora, minuto após minuto e não chegava o momento,

Mais um dia viria e a rotina se iniciaria pela manhã,

Bem aqui chamo de manhã quando nasce o sol, perdi a noção do tempo,

O pensamento me rouba o sono e o coração me condena ao amor,

A vida é surpreendente e numa madrugada sem sono aguça a solidão,

E ao acordar os pensamentos viram tortura e os olhos não enxergam,

O caminho a seguir se tornam obscuros porque a mente nos trai,

Somente o coração parece ditar regras e desrespeita a lógica.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 16/12/2017
Código do texto: T6200309
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