Nada, Apenas Nada

Apenas nada das sobras do meu prato
Nada que não fosse digerido pela fome
Nada de pão, nada de arroz e de feijão 
Apenas nada das iniciais do meu nome

Apenas nada das obras do meu relato
Nada além de traços entre parágrafos 
Nada de palavras, nem do meu retrato
Apenas nada de rugas, de dois pontos 

Apenas nada do ícone, nem do símbolo 
Nada chagado no muro, nem de grafite
Nada nas têmporas, nem nos temporais 
Apenas nada, nem a tosse de bronquite
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 15/12/2017
Reeditado em 28/12/2017
Código do texto: T6199933
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