Livrai-nos Senhor!
Da morte que não mata
do acaso sem casos
da vida sem vida
da presença sem a ausência
Livrai-nos! Senhor!
Da sono sem o devaneio
da noite sem o poema
do dia sem o notívago
da lágrima sem o sorriso
Livrai-nos! Senhor!
Da rosa sem o espinho
da esperança sem a espera
do agora sem o antes
e do depois sem o agora
Livrai-nos Senhor!
Da ideia sem o ideal
do troféu sem a conquista
do real sem o metafísico
e do humano sem o divino
Livrai-nos! Senhor!