Saga de poeta...
O olhar, não mais vagueia
Trafega...
Entre rostos entupidos de tédio
Robôs andantes, entre carros e prédios...
Permeia uma visão distorcida
Qual, o sentido humano da vida...
Consome-se tanto!
Para tanto, somos consumidos...
Onde andará hoje:
Os passos do tempo
O aroma da paz
O aconchego do repouso
O sabor do momento...
E o poeta, ainda encontra poesia
No tempo que voa, não anda
No odor da paz apodrecida
No cansaço voraz, no momento insosso
No humano, que se esvai aos poucos
Um dia, máquina será
Ou... Semimorto...
Ema Machado