A serra
Horizonte manchado
com nuvens irregulares,
cinzentas e espessas.
Ventos errantes
de idas e vindas,
chegadas e partidas,
ricocheteiam à esmo.
Um longo véu
que do céu escorrega
vem lavando, paulatinamente,
campos de cana e soja,
automóveis e fumaça
e asfalto quente.
O que resta
de poucas nuvens desfalecidas
fazem sua saída
à francesa.
Vejo a serra
incólume, imponente
impassiva!
É lá
que meus olhos
descansam.