TEATRO SIMBÓLICO

Há uma lonjura no pensamento

Que inventa vazios na experiência das coisas,

Lançando distancias entre o eu e o mundo.

Assim, tudo sempre acontece do lado de fora,

A margem ou na dobra do significado,

Como se a vida fosse o sentimento das coisas.

A consciência inventa seu próprio exilio

Onde reinventa o corpo no movimento das horas,

Oscilando entre o sonho e o devaneio

Além de todo significante.