Espectros egoístas

Cheios de nós, entulhados de egoísmo

Tanta demência, vileza, insanidade

Sem hesitar vamos ao fundo do abismo

Voando firmes com as asas da crueldade.

A nossa força produzida na ganância

Que é a doce doença da humanidade

Que nos envolve no manto da ignorância

E nos imerge na sacra frivolidade.

Entorpecidas permanecem nossas mentes

Singrando mares de estéreis existências

Rumo a horizontes que em si são inexistentes

Ferindo as águas com os remos da demência.

E navegando cegamente em águas hórridas

Beijando a boca de brisas alucinadas

Na incumbência de trazer ideias sórdidas

E alimentar as almas alienadas.

Raios espúrios sobre todos desferidos

Trovões rugindo neste céu dos desalmados

Olhares loucos, brutos, entenebrecidos

Corações pútridos, de ódio encharcados.

E a esperança fétida se desfazendo

Seres telúricos levantam-se insolentes

E os resquícios de consciência vai morrendo

Nos pobres seres arrogantes, prepotentes.

E o grito ecoa desses seres miseráveis

Por mais e mais desse veneno implorando

Em seus delírios consideram-se notáveis

Dizem andar enquanto seguem rastejando.

Francisco Adenilson
Enviado por Francisco Adenilson em 11/12/2017
Reeditado em 13/12/2017
Código do texto: T6196428
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.