O ANO
São, trezentos e sessenta e cindo ou...
trezentos e sessenta e seis janelas do edifício
nas quais, você pode se agarrar com seu
Deus, ou emaranhar-se na fé, edificada pelo
seu plano passageiro... Esse passageiro trem
a deslizar sobre as estações e sob os trilhos
cego do amanhã, misturando-se n'essa,
quádrupla neblina gananciosa.
Sobre a edificação íngreme, dos doze andares sentimentais... Balançamos nossas esperanças, sucumbindo sob o escuro silencio das noites, derrapando sob os sonhos das novas auroras,
ou até mesmo, degredando os segredos das
hastes sentimentais sob o vento e o tic-tac
do instantâneo repentino.
Antonio Montes