Quando a razão se dilui
Mistério, onde está o sol?
eu o via dependurado na tarde
mas levantava-se o lençol
era a noite já fazendo alarde
as fábrica abriam suas portas
as portas fechavam-se nas casas
com o trabalho quem se importa?
a libido bota os corpos em brasa
as práticas ainda eram tímidas
o luar trazia à tona uma luz difusa
e a menina oscilante, ainda lívida
liberava-se ao clima, nada confusa
tantos na noite se fizeram insones
nada de sonhos, nem de projetos
um amor de outro se fazia cicerone
e nada, para eles, tropeçava em vetos
alcova, despudorada, cria cúmplices
pouco importa se amor clandestino
quando sol e noite fazem-se em vértice
o amor segue a paixão em desatino