Quando a razão se dilui

Mistério, onde está o sol?

eu o via dependurado na tarde

mas levantava-se o lençol

era a noite já fazendo alarde

as fábrica abriam suas portas

as portas fechavam-se nas casas

com o trabalho quem se importa?

a libido bota os corpos em brasa

as práticas ainda eram tímidas

o luar trazia à tona uma luz difusa

e a menina oscilante, ainda lívida

liberava-se ao clima, nada confusa

tantos na noite se fizeram insones

nada de sonhos, nem de projetos

um amor de outro se fazia cicerone

e nada, para eles, tropeçava em vetos

alcova, despudorada, cria cúmplices

pouco importa se amor clandestino

quando sol e noite fazem-se em vértice

o amor segue a paixão em desatino

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 11/12/2017
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