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Escrevo no céu escuro
 
Abre-se uma porta pálida
Em frente ao sonho que passa
No espelho embaçado por lágrimas
Surge na página uma imagem caricata
 
Para explorar meu destino
Revelando o formato da alma
Que segue fazendo dourar o silêncio
No brilho fatídico e desfigurado
 
Em frente ao semáforo do tempo
Nunca me encontrei comigo
Aparece no espelho uma abstração
Que se apoia apenas em associações e ideias
 
Passa um véu de fumaça e cobre o eco
Que interage com o céu escuro
Troco o dia pela noite e escrevo versos
O espelho chega para abstrair a luz
 
E na cadência o amor passa sem rimas
Vejo no rio a vela de um barco livre
Me conheço por dentro na esperança de fato
Por fora sou apenas o atalho da sombra
 
Que marca o silêncio das pedras que latejam
Vejo sensações difusas e me assusto
Os raios estreitam o momento
Sinto medo das marcas que o tempo faz
 
Da saudade que tenho e nunca vejo
Vou quebrar as lembranças e rasgar o espelho
Dentro da minha fonte em palavras
Escrevo versos no céu escuro




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 10/12/2017
Reeditado em 12/12/2017
Código do texto: T6194886
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