Elegia de uma lembrança interminável.
Elegia de uma lembrança interminável.
E outra vez teus cabelos de morena irreparável
repetem as cores de teu branco inconfundível ressaltado em saltos
soletram na memória sílabas de teu nome memorável.
E outra vez olhos vão compondo
as delícias de tua face inolvidável às delícias de meus olhos
E te ergues outra vez e para sempre
No eterno templo feito em olhos afeitos às delícias de tua face.
E boca, solidão e saudade repetem as sílabas
de teus olhos redondos e sílabas
de teu branco compondo aos olhos estáticos à memória de teus olhos
cores que te pintam curva a curva em olhos coração.
E as mortalhas da noite desmanchadas
ao mel de tua boca e às lembranças desmanchadas e refeitas
desde o mel em teus lábios desmanchados.
tu eterna e sempre em meus olhos.
E desde então
A minha profissão é ter de cor o seu nome
pregado à boca em coração e saber de cor teu contorno
decorado ao coração em olhos.