A flor é você
A flor é você
Sei que da flor, não sou nada...
... Nada sou nada quero.
Do caule, do caule talvez...
... Os espinhos...!
Os mesmos que cravam, sagram...
... E ferem minh’alma.
Vivo num mundo ruído, esvaecido, perdido.
Em busca da Adália, ou da Rosa.
Meu coração latente, forte palpita.
Num frenesi, impulsivo, se agita.
Em devaneios, a flor em sangue, desabrocha.
Que saudade da Adália, da Rosa.
Saudade... Da doce cabrocha.
Meu habitat... Meu habitat é a zona da mata.
Onde cultivo, belo jardim, de D’alias e Rosas.
Ornado, ornamentado jardim...
Envolto e disposto... Da vida à choça.
Adilson Tinoco