Lampejo

Uma luz profliga a vela de cera,

A única luz que já conhecera

A consumira toda; a consumira inteira;

Sem culpa, sem eira nem beira.

Restara lamentável punhado

De parafina no frio;

Um pires abandonado

E resquícios de um pavio.

Foi-se o calor, foi-se a chama

Que com a brisa despudorada

Bailava entre as coisas do ar.

O lume não erra encerra a cera

Em sua alegria...

Novamente a sala escura e vazia!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 06/12/2017
Código do texto: T6191883
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