Lampejo
Uma luz profliga a vela de cera,
A única luz que já conhecera
A consumira toda; a consumira inteira;
Sem culpa, sem eira nem beira.
Restara lamentável punhado
De parafina no frio;
Um pires abandonado
E resquícios de um pavio.
Foi-se o calor, foi-se a chama
Que com a brisa despudorada
Bailava entre as coisas do ar.
O lume não erra encerra a cera
Em sua alegria...
Novamente a sala escura e vazia!