VAGA LUMES
Há dias não durmo
não aceno à ninguém
não se sinta mal
é que eu não estou bem;
sinto coisas estranhas
se moverem pelo universo
vejo os vaga-lumes
vagarem pelo breu
cheio de luz piscante
chega ser alucinante
os versos de um vaga-lume seu;
não me deixe perturbado
sou antidoto e veneno também
sei que não se importa
chegue até mim
volte, mas não bata a porta
me faça sentir bem;
me ofereça um sorriso
eu estarei lá
e quem sabe
seja de Izabela, Gabriela ou Antônia na janela
sinta-se bem;
em mostrar-me sua alma desnuda
para aquele que se despede
parte
e jamais volta com alguém;