Paraibanagem
Paraibanagem.
orgânicas imagens
poesia de terra em transe
trocas simbólicas de feridas
pernambucanamente
estados de incertezas
proclamação da república
do açúcar amargo
e dos caboclinhos
escondidos na zabumba
de Pedro Osmar
e na sanfona circense
de Sivuca
remexendo a cloaca
de antigos faustos
e mais antigos hieróglifos
ingamente ativos
no seu mistério teórico
Paraíba sem bandeira
coparticipante de um Nordeste
polimórfico
assumindo suas caras
suas caretas e traumas
condenado em primeira instância
a viver vida oprimida
com gosto de rapadura.
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