Paraibanagem

Paraibanagem.

orgânicas imagens

poesia de terra em transe

trocas simbólicas de feridas

pernambucanamente

estados de incertezas

proclamação da república

do açúcar amargo

e dos caboclinhos

escondidos na zabumba

de Pedro Osmar

e na sanfona circense

de Sivuca

remexendo a cloaca

de antigos faustos

e mais antigos hieróglifos

ingamente ativos

no seu mistério teórico

Paraíba sem bandeira

coparticipante de um Nordeste

polimórfico

assumindo suas caras

suas caretas e traumas

condenado em primeira instância

a viver vida oprimida

com gosto de rapadura.

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Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 04/12/2017
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