VALA DE OSSOS

Descobriram n'aquela vala antiga

uma pia de ossos de gente...

E algumas casas de formigas.

Os ossos, todos iguais,

com exceção, da diferença de tamanho

mas na cor, todos brancos e com certeza

... As lagrimas de todos, eram d'água.

Ossos, todos esqueléticos,

sem pele, sem sangue, sem carne

Não dá para saber as cores dos

olhos e da vida dos donos...

De quem vivia em castelo

ou de quem vivia em abandono,

quem era pobre ou rico...

Católico, crente ou descrente

quem nasceu primeiro, ou depois

a única diferença que se dá para notar

é d'aqueles que urinavam no penico.

Aquela vala cheia de ossos de gente

é mesmo aquilo que pode se falar...

Que aqui, somos todos inocente!

Que somos iguais perante a terra

e que todos um dia, irão se acabar.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 03/12/2017
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