Verão frio
Chuva de verão
molha o solo da vida.
Pássaros se banham
gritam, voam e se esvaem.
Meu olhar retina na rotina
do verão frio.
Vibrações me traz calafrio
Elevações me visitam com reações.
Minha alma voa
bate as asas.
E o punho vem a escrever
no verão frio, vem outra percepção
com estações diferentes.
Será que meus neurônios estão dormentes?
Indagações nas entrelinhas
olho pra cima: tempo fechado.
Cade as estrelinhas?
Me contento com o ciclo
Me assento ao vínculo
de escutar e observar.
E não me perco no beco
dos trocos
ainda é pouco a mudança
verão frio
vem pra subentender
no universo das danças.