MANOEL CELESTEL UM POEMA
A vida exala extravagância de flor
É meio difícil não ter humor
Pois a vida é bom expandir odor
De alegria a irradiar frescor
Pra viver não basta dizer amor
Crianças no festejar ardor
Onde ser feliz é brincar com dor
Na morte não existe nacionalidades ou cor
Na vida é os clamores de turpor
A vida é essência e nunca renuncia amor.
A vida é teatro e vestir em flores
A vida é novela de expectativar os ardores
Quando o poeta dança sem pudores
Quando na cama o nu de calores
Pois viver é rivalidade de amores
Que assopram orvalhos aos calores
Nunca deixemos esses contos nossos horrores
Falem que existe amor no oeste
Digam que existe certeza no sueste
Acodem segredos da paixão meus mestres
Existência mora no leste
Onde dormem donzelas campestres.
Amor como o cheiro mais excelso do coração
Produz na alma frescor e sensação
Desperta dádivas sem nenhuma derivação
Donde frui a mais linda e poderosa canção
De quem o poeta produz ação
De pecar desejos minha alva fascinação
Mistério é o espírito da expectação
Ilude a vida o amor num aflorar minha dimensão
Quando duas almas sem oposição
De deusa sem o cosmo da lactação
Não falem da ópera que é o amor uma mensão
Pois o cantar é rima e fluorescências sem lição
O amor nunca abandona tua filiação
Termina o conto meu deste último verão.
O amor é gostosura de pêssego
Sôfrego mel do sexo sem sossego
Donde não existe resvalos de medo
Amar é epopéias de antigo grego
Amar é artesanato de fiel feito
Ajude seu coração no trinar ensejos
De colibris a voar nos céus de brinquedo
Um beijo na dama ela me querendo
Porquanto transemos no coreto
E vivamos se mais nenhum apego
Perdidos estamos nos escuros guetos
Sem amor não há jeito
Monte nas borboletas sem arreio
Donde não existe mistérios no peito
Formosidades de brancos seios
Arrebata os lânguidos beijos
Do rapaz donzelo
Que já foi do clero
Ele foi poeta e morreu, mas ele amou
Ele foi poeta e morreu
Ele foi morte e fez poesias
Seu nome foi amoroso Manoel Celestel:
Menino homem eu imaginei o Céu.