VIVENDO
VIVENDO
Vivo aqui no meu tempo de sempre
Carregando meus andores
Minhas dores
Meus fardos e minhas malas
Cheias de inutilidades
E poucos encantos
Procurando pelos cantos
Alguma expressividade
Foi-se o tempo da labuta
Do suor e da luta
Agora tudo é passado
As dádivas são pequeninas
Ainda
Logo crescerão e voarão
Esquecendo aos poucos
Um velho coração
Que as ama sem limite
Sem fronteiras
E do alto de sua bobeira
Pensa-as sempre pequeninas
Em seu colo as meninas
A pedir contação de histórias
Que serão lendas
Carregadas pelo tempo
De relógios sem ponteiros
Sem tic-tacs
Afinal coração faz tumtum
E nem sabe sua hora de parar