VIVENDO

VIVENDO

Vivo aqui no meu tempo de sempre

Carregando meus andores

Minhas dores

Meus fardos e minhas malas

Cheias de inutilidades

E poucos encantos

Procurando pelos cantos

Alguma expressividade

Foi-se o tempo da labuta

Do suor e da luta

Agora tudo é passado

As dádivas são pequeninas

Ainda

Logo crescerão e voarão

Esquecendo aos poucos

Um velho coração

Que as ama sem limite

Sem fronteiras

E do alto de sua bobeira

Pensa-as sempre pequeninas

Em seu colo as meninas

A pedir contação de histórias

Que serão lendas

Carregadas pelo tempo

De relógios sem ponteiros

Sem tic-tacs

Afinal coração faz tumtum

E nem sabe sua hora de parar

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 02/12/2017
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