Fluxo do amor.

Minha boca

pequena

[afogada]

na sua boca

imensa!

Imensa de

palavras

imensa de

saliva

imensa de

mágoa

imensa do

amor que

desaguava!

Desaguava no meu

rio,

que refletia o teu

frio.

Minha água

inteira

se apaixonava

por suas

bobeiras.

Assim,

num beijo

escorríamos

uns arrepios.

Assim,

num abraço

agarrado

tornavamos

sagrados.

Rodopiava

nossa

emoção e

batia no

coração!

Todo

sentimento

era fogo,

se não fosse a

água

era incêndio

que

assustava.

Água,

sempre purificando

o amor.

Água,

sempre ajudando

vingar a flor.

Água,

sempre ponderando

o calor.

Água,

sempre lavando

o rancor

e me

conduzindo

pelo caminho

aliviador,

fazendo entregar

ao outro

quem sou!

Meu rio

ainda mata

alguma sede?