Teus olhos são negros...

Teus olhos são negros...

Negros... como a noite sem luar

São ardentes, são profundos,

Como o negrume das profundezas

do mar em seu desejo sem amar

Dama da noite desfila o seu charme

Roubando olhares como roubaste

Corações perpetuando o seu beijo

Sem desejo fascinados e ofuscado

Nas tempestades da vida

Das rajadas no furor,

Foi-se a noite,sem auroras

Descobriu o Gondoleiro do amor.

Teu seio é um vício vagando sem luar

Ao tíbio clarão da lua,

Que, ao murmúrio das volúpias,

Arqueja, palpita nua

Quando pensares estará

Deitada em seu reduto

Solitária chamando o amor

Que ficou nas suas evoluta

Sacas, apenas sonhos sem rumo

Que viaja pelo seu corpo despido

Esperando a morte chegar

Teu amor na treva é — um astro sem direção

Obscuro observado sem sonho dourado

Como a noite em tempestade

Em seu silêncio uma canção

É brisa vem aclamar o amor

É sóbrio sem abrigo perdido

Nessa imensa escuridão

Morrendo o seu coração negro pela vingança

De um amor falecido na sombria

Das trevas solidamente... morrendo

Na avassaladora, do que nos prendermos na tristeza

E morrendo sem grandeza

Tudo virou ruínas na vida que lhe fez nascer

E teus olhos negros não quisera enxergar.

Hilton Rubens
Enviado por Hilton Rubens em 01/12/2017
Código do texto: T6187507
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