BRINDEMOS ENFIM!

Naquele sobrado onde vivi por dez anos fui de um capítulo inicial ao meio do livro...

Começou inocente e no fim baratas sobrevoavam aquelas linhas recônditas e tristes...

Mas fomos em frente... eu e minha pena, eu e meu talento desperdiçado

Seguimos numa linha de raciocínio bem delineada e pouco habitada

Ah, estamos num quintal com uma banheira e vemos a noite chegar

Não combinamos horário, embora aceitamos convidados

No baile de fantasmas que promovo hoje

E as linhas seguiram num campo aberto

Desfilei minha verve em todas elas

Não foi agradável aos transeuntes...

Houve choro e maldições

Mas ficou uma mensagem

De ferro, fogo e carne

Qual campo de idéias é uma casa velha habitada por memórias de quem não a habita mais?

Qual mentira se faz verdadeira pela sua popularidade?

Qual enredo ridículo eu conto por condescendência?

Qual rima eu jogo fora pela sua verdade total?

Onde os sonhos jazem há uma cinza fria e uma poesia calma...

Se você olhar melhor vai encontrar. Tenho certeza.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 01/12/2017
Código do texto: T6187503
Classificação de conteúdo: seguro