BRINDEMOS ENFIM!
Naquele sobrado onde vivi por dez anos fui de um capítulo inicial ao meio do livro...
Começou inocente e no fim baratas sobrevoavam aquelas linhas recônditas e tristes...
Mas fomos em frente... eu e minha pena, eu e meu talento desperdiçado
Seguimos numa linha de raciocínio bem delineada e pouco habitada
Ah, estamos num quintal com uma banheira e vemos a noite chegar
Não combinamos horário, embora aceitamos convidados
No baile de fantasmas que promovo hoje
E as linhas seguiram num campo aberto
Desfilei minha verve em todas elas
Não foi agradável aos transeuntes...
Houve choro e maldições
Mas ficou uma mensagem
De ferro, fogo e carne
Qual campo de idéias é uma casa velha habitada por memórias de quem não a habita mais?
Qual mentira se faz verdadeira pela sua popularidade?
Qual enredo ridículo eu conto por condescendência?
Qual rima eu jogo fora pela sua verdade total?
Onde os sonhos jazem há uma cinza fria e uma poesia calma...
Se você olhar melhor vai encontrar. Tenho certeza.