PONTO FINAL.

Estou a tempo

caçando um verso

para enxertar num

poema;

Que tarefa difícil,

me fogem as figuras,

e a inspiração está

sentada zombando

de mim,

escrevo e apago,

nada me agrada,e eu

não posso criar um

poema sem pés e sem

cabeças,,

valha-me Deus,

estou no mato

sem cachorros,

e a caça visita o

território árido da

minha imaginação,

as idéias estão no meu

pensamento,

mas recusam deitar

no berço suave da página,

o que ei de fazer,

senão deixar o ato deste

escrito

como forma de manifestação,

a tarde toma conta de mim,

mas a inspiração, essa,

me deixou na mão,

estou órfão das minhas

metáforas,

e as boas rimas me

deram adeus,

não o é, mas parece o

fim,

e neste dilema ,

tomo a decisão sepulcral,

ponho neste poema

um ponto final.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 01/12/2017
Reeditado em 03/12/2017
Código do texto: T6187492
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