PONTO FINAL.
Estou a tempo
caçando um verso
para enxertar num
poema;
Que tarefa difícil,
me fogem as figuras,
e a inspiração está
sentada zombando
de mim,
escrevo e apago,
nada me agrada,e eu
não posso criar um
poema sem pés e sem
cabeças,,
valha-me Deus,
estou no mato
sem cachorros,
e a caça visita o
território árido da
minha imaginação,
as idéias estão no meu
pensamento,
mas recusam deitar
no berço suave da página,
o que ei de fazer,
senão deixar o ato deste
escrito
como forma de manifestação,
a tarde toma conta de mim,
mas a inspiração, essa,
me deixou na mão,
estou órfão das minhas
metáforas,
e as boas rimas me
deram adeus,
não o é, mas parece o
fim,
e neste dilema ,
tomo a decisão sepulcral,
ponho neste poema
um ponto final.