O DOBRO DE NADA (OU A METADE DE ALGO QUE NÃO EXISTE)
Sim, vivo em desespero...
Não aquele terminal, do ato de se jogar na frente do ônibus...
Ainda estou naquela pegada de ir e vir... sem grandes impulsos
Vivo tão feliz quanto uma criança e tão saudável quanto um feto...
Ninguém viu o cometa Halley, mas falam disso até hoje e algo ficou...
Ficaram aquelas velhas sombras de tempos kitsch
Ficou algum ranço sem cheiro nem maldizer...
E eu fui até um pedestal acima das estrelas procurar meu amuleto
Quando encontrei dei de ombros...
Algo é muito quando não há nada... e o muito se esvai
Como tudo.