SANGRIA (DE UM POVO)
Deixem o povo...
Deixe que ele decida seu destino,
O desatino é imposto,
Que sofra sempre o povo!
Deixem que ele faça suas escolhas,
Ele povoa a terra,
Caminha sobre ela,
Foi abençoada e entregue por Deus.
Insanidades são postas,
E as apostas são meras encenações,
São sangrias e não dádivas,
Deixe que o assombro,
Desmorone incrédulo,
E ceda as convicções,
Deixem simplesmente acontecer.
O medo assombra,
Não deixa esmaecer,
São sangrias,
E sangram nas emoções,
De um povo sofrido,
Marginalizado.
Esperanças ainda são esperanças,
Tem que fluir,
Tem que deixar ir,
Adiante continuar,
Caminhar sempre,
Visualizar um amanhã melhor,
Mais são diluídas,
Marcadas em sangrias,
Como mãos de Cristo,
Só isto que resta,
Restos e sobras,
A humanidade cobra,
E chora desesperada,
São sangrias de filhos,
Que o sol aquece,
Sem distinções de cores,
E nem amores,
Dê abrigos,
Não deixe a mercê da vida,
Seja você é um deles,
Quem sabe o amanhã,
Saberá te recompensar,
Pra depois a sangria,
Jamais te maltratar,
Não deixar criar raízes,
E sim plantar mudas de amor,
Arrancar a dor,
Que tanto maltrata,
Assim os botões crescerão,
Livres e viçosos,
Em seus bondosos corações.