Ser poema
Poema eu sempre quis ser
Pra ser "molestada" nas rimas
Saboreada nas entrelinhas
Venerada por deslumbre dos olhos atentos.
Um dia me vi poesia
E noutros tantos transformei outros nela
Porque o que me vem da alma
Pinta e borda os meus desejos mais afoitos
Pelo inexplicável gosto de tocar outras almas
Inflar chamas
Mas também ser calmaria
Dicotomias...
Pra que retidão na poesia?
Me lanço, pois sou eu, mas posso ser outros
Tal qual ator... Adulto, criança sapeca mulher apaixonada
Ou homem desiludido.
Ah! Quero voltar a ser poesia
Da vontade maluca de um poeta a rabiscar o papel
Pra saborear o meu manjar
O meu sincero brilho d'olhar