Sem Asas

Sem Asas

No limite da atmosfera,

Fiquei a pairar sobre a terra,

Fiquei a captar as ondas dos teus sinais,

Em voo cruzado a decifrar teus ideais,

Outras vezes em vôo rasante baixinho,

Para se cair, o tombo ser pequenino.

A aproximação em vôo picado trouxe-me a imagem,

O indecifrável código escrito na outra margem,

E caí, em tua lagoa de águas secas,

Embrulhei-me nas folhagens das valetas,

Senti o perfume que circunda a estrada,

Olhei o céu, e calculei o tamanho da caminhada.

Sem asas e sem brisa,

Levantei vôo e determinei a rota precisa,

Fixei a coordenada S Dezoito Trinta e Sete,

E o W Quarenta e Oito Onze numa rota que promete,

Fiquei a aguardar a passagem do teu brilhante meteoro,

Para seguir em sonho, enquanto não acordo !

Nenúfar 22/8/2007

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 22/08/2007
Código do texto: T618654
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