MINHA ADORÁVEL AMADA DA MANSÃO DE CHANTILLY (Poesia)
(...)
Minha adorável amada da mansão de chantilly;
você é o que fala,
o que come,
o que bebe,
o que expressa,
o que ouve,
você é o que mente ou prova,
você é o que acredita ser na sua verdade,
você é o que derrama lágrimas,
você é o que faz alegrar,
o que apavora,
o que imagina no real ou no imaginável,
você é o que são seus amigos,
você é o que são seus inimigos,
o que lê,
o que sente raiva e violência,
você é o que vive e morre,
você é o que sonha ou desassossega no íntimo imperscrutável,
você é o próprio desistir do sim ou teu não,
você é o que come ou o que vomita,
o que veste ou faz simpatizar,
você é o que omite ou afasta,
você é o que faz dar sentido ou confusão,
você é o que procura nos outros,
ou encontra nas próprias ilusões.