Urbano...

Urbano...

O olhar vagueia

Navega no mar de concreto

Cimento, aço e areia

Imponente como o deserto...

A cidade já não anda, sobe

Grita, ninguém entende

Torre de Babel

Cumes de vaidades

Reinam no céu

O alcançam sem asas

Gigantes lisérgicos

Epitetados, casas...

Em muitos, habitam ganância e tédio

Livrar-se do pequeno, é remédio

Engolem, cospem em casebres

Moradas de pobres

Almas nobres...

Ricos de labuta

De força e lutas

Construtores de reis e palácios

Usando suor, sangue e os braços...

A cidade sobe, não dorme

Se alimenta de pobres, ricos e nobres...

Ema Machado.

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 29/11/2017
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