CABALA
A flor não machuca,
Exerce apenas a função predestinada.
Bela, perfumada
Mel.
Aquela sempre dada,
Pura,
Unicamente amor.
Não confunde,
Não fala.
No silêncio
É cabala
A dizer
Em meio ao barulho
Da saudade, maciez
Do espaço
Eternamente aberto
Quietinha
Flor de ontem
De hoje e sempre.
Viva a exalar
Tudo que pode
E nada diz,
Ao contrário
Do imaginado,
Nada sabe
Só entende da raiz
E de ser flor
Em busca de ser feliz.
Dalva Molina Mansano.