Eu
Sou como a árvore que expande seus galhos desordenadamente
E generosa, abriga e alimenta os pássaros,
Com o intuito furtivo de que espalhem no campo sua semente.
Sou, talvez, como um vaso delicado de violetas,
Que precisa de cuidados, ainda mais delicados,
Para que desdobre suas pétalas, como asas de borboletas.
Posso ser, porque não, como uma nuvem mutante,
Afluindo entre ventos perfumados
Ou esbravejando em trovão retumbante.
Às vezes, gostaria de ser, uma travessa criança
Que não camufla rancores passados,
E não um adulto sem grande esperança.
Sou como a árvore que expande seus galhos desordenadamente
E generosa, abriga e alimenta os pássaros,
Com o intuito furtivo de que espalhem no campo sua semente.
Sou, talvez, como um vaso delicado de violetas,
Que precisa de cuidados, ainda mais delicados,
Para que desdobre suas pétalas, como asas de borboletas.
Posso ser, porque não, como uma nuvem mutante,
Afluindo entre ventos perfumados
Ou esbravejando em trovão retumbante.
Às vezes, gostaria de ser, uma travessa criança
Que não camufla rancores passados,
E não um adulto sem grande esperança.