Passarinho

O passarinho, pelo céu, passa

Entre galhos, voo, mansinho

Desliza toda a sua graça

És livre no seu livre caminho

Na secura do cerrado, reaça

Entre tortos galhos, seu ninho

Num canto de encanto, bocaça

Aveludando a aridez num alinho

Lá, cá, acolá, na frente, na regaça

Em bando, passarinho, sozinho

És leve, garrido, como a cassa

Em galhos macios ou de espinho

Voa deslizante, de braça em braça

No campo, praça, qualquer cantinho

O passarinho, bom prol nos faça!

Às, lento, alto ou baixinho, passarinho...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

28 novembro, 00’25” – 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 28/11/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6184363
Classificação de conteúdo: seguro