Sou de barro
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Vim do pó, sou barro maleável.
Fui moldada, recebi o sopro da vida.
Iguais a mim, muitos outros se fizeram.
Mil maravilhas o barro moldou.
A estrada de barro batido.
O pó que vem com a ventania.
A terra que recebe a semente.
O jarro que guarda a água.
O vaso que acolhe a flor.
E na fragilidade da vida e na
brevidade da sua existência.
Lentamente vou,
Descorando...
Trincando...
E ao pó retornando...
(SP11/2017)