EM CONSTRUÇÃO
EM CONSTRUÇÃO
Vivo a catar o vento
Tentando pegar junto
A poesia que voa
Sem destino certo
As vezes encontra o ser
Armado desalmado
Noutras encontra o não ser
E o vento sopra e carrega o poema
Junto o teorema sem solução
A vida entre altos e baixos
Escreve entrelinhas e estrelinhas
Cadentes que levam brilho à escuridão
Cedendo ao espaço os pedaços
De coração que bate em sofreguidão
Por não achar versos que o consolem
E o vento bate em retirada
E no chão papel picado
Que será colado em construção
Quem sabe
De novos versos