EM CONSTRUÇÃO

EM CONSTRUÇÃO

Vivo a catar o vento

Tentando pegar junto

A poesia que voa

Sem destino certo

As vezes encontra o ser

Armado desalmado

Noutras encontra o não ser

E o vento sopra e carrega o poema

Junto o teorema sem solução

A vida entre altos e baixos

Escreve entrelinhas e estrelinhas

Cadentes que levam brilho à escuridão

Cedendo ao espaço os pedaços

De coração que bate em sofreguidão

Por não achar versos que o consolem

E o vento bate em retirada

E no chão papel picado

Que será colado em construção

Quem sabe

De novos versos

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 27/11/2017
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