Representações

Toda vez as mesmas caras, os mesmos rostos

Expressando aparências, representações de algo que não são, monção

E do grito que tenta me libertar, acorde-se, abra os olhos, é tempo de mudar, e ali permaneço deitado, inerte, reconheço, que por dentro há tanta confusão, inquietudes que rasgam o peito, e sorrindo me ofereço representando um ser sem jeito, alma que vaga por algum lugar

Desprendida do meu ser, do meu peito, pulsa por pulsar, olhos que refletem algo (im)perfeito, da cor marrom que guarda meus segredos, do corpo quente de desejos sucumbidos pelo meu mal estar, desânimo que reaparece a todo instante, ainda assim passos dou a dar

E das letras que me abandonam dou sossego, perco a razão, mas não o medo de não sentir (me) amar, não reluto, sigo desse jeito, por anos quase se entregando me reinvento, (re) levanto, remo e quando canso, deixo as correntezas desse rio da vida a me levar. (JHC, 25/11/17, Rio Branco

- AC)