POEMA SEM ESTRELAS.

E quando vem

a noite,

sinto a falta tua,

foi a megera rua

que tomou-a

nos braços,

mas olha!

Tua falta é um martírio,

alonga a noite,

e traz delírios,

me traz as encruzilhadas,

e o que fazer então,

com teu vestido pendurado

no canto do quarto,

e este cheiro

que me acorda,

e esta imagem plantada

sobre a mobília rústica.

Não deturpe a ideia

que me prega neste poema,

sou um anarquista

desarrumado, entre as

linhas do passado,

e nesta noite longa,

sem muita delonga,

vou revelar-te este meu

amor que arde,

e se esconde sem alarde

debaixo de tanta calma,

a noite está em horas altas,

e a sensação do momento

é sua imensa falta.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 26/11/2017
Código do texto: T6182655
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