PETIZ

É de conto de fadas

pequeno, tão moleque

arteiro, um quase nada,

e miúdo zombeteiro.

Tão sapeca, traquinas

alegre com meninas.

É de conto de fadas,

brinca em corredeiras,

molha os pés, a cabeça,

a vida e a alma inteiras

docemente molhadas.

Passa o tempo no riacho,

esquece o farnel na trilha,

anoitece, eita diacho,

essa maravilha.

É moleque

o tal menino,

abre em leque

o garoto,

pássaro fino

em revoadas.

No rio ele se banha,

as roupas às margens,

ao sol, largadas.

salta feliz

nas carruagens,

É sim, um petiz

de conto de fadas.

Dalva Molina Mansano

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 25/11/2017
Código do texto: T6182135
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