VOLTEI À VIDA

Chega a hora

cessa a escora

rompe a demora

acontece.

Assusta um pouco

o tempo fica rouco

a voz escurece,

cresce.

A hora da virada

tempo da revoada

deixar a alma desparafusada

escancarada,

desarmada.

Tem gente que finge que é miragem

talvez mera malandragem

uma falsa roupagem

bobagem.

Minha hora é essa

não falta nenhuma peça

estou forte à beça

pra renascer de mim.

Adeus aos mortos

meus infortúnios tantos

meus falsos cantos

esquisitos recantos

suados prantos

adeus.

Quem souber a letra cante

que entender a semente plante

quem quiser acompanhar avante,

chega de chove-não-molha.

Desmanchei cicatrizes

fiz misérias das crises

deportei algozes

descamei doídas vozes

chamei meus estopins.

Agora só subida

acertei na medida

revirei a ferida

voltei à vida!

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 25/11/2017
Reeditado em 25/11/2017
Código do texto: T6181656
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