COADJUVANTE

COADJUVANTE

Às vezes o momento revela-se inadequado
Coincidindo com o local não apropriado,
Mas a oportunidade parece ser única
De dar leveza ao peso de cimento armado.

Quebram-se moléculas da dor, com certeza;
Cortam-se laços, elos e nós da tristeza,
Ao voltar os olhos na direção preferencial
E, sem permissão, reverenciar a natureza.

De que me serve ser erguida ao trono real,
Alimentar meu ego, posar de mulher sensual,
Se sou apenas (e nada mais) uma coadjuvante
Na festa da mãe-terra, onde ela é atriz principal?

Que venham flores e folhas confundir meus cabelos
A caminhar no emaranhado de hastes em novelos
Homenageando cada animal que há ao meu redor
Com liberdade e respeito, ao invés de só comê-los.
20/08/2007 (reflexão sobre a insignificância do homem diante da importância da natureza, ref. velório da tia Sonia).
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 21/08/2007
Reeditado em 22/08/2007
Código do texto: T618051
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