ROTINA

Todas as manhãs como sempre

Eu pouso suavemente no meu leito

Acordo mais uma vez pronto, refeito

E visto meu uniforme de vivente

Busco compreender as dores do mundo

A solidão em cada olhar na multidão

Cada sofrer inexplicável e sem razão

Cada “fundo de poço” mais profundo

Cumpro meu expediente humano.

Procuro cada vez mais me aprimorar;

Errar cada vez menos ao caminhar

E aprender sempre é o meu plano.

E em todas as noites sem mudar

Eu me dispo da minha vida

No silêncio busco guarida

E ponho novamente minhas asas de sonhar.